sábado, 25 de outubro de 2008

ICHTHYS, desse eu gosto!


Dia desses, indo para casa, grudei meus olhos no peixe (ou melhor, símbolo deste) que estava colado na parte de trás de um carro. Aliás, muitos carros já desfilam com este símbolo em nossas cidades. Fiquei pensando se quem o colocara saberia me informar o quanto aquilo vale.

Eu mesmo comprei um, e me custou R$ 5,00 numa livraria evangélica. Não adquirí para poder entrar na onda, pois não sou surfista. Mas eu considero como um símbolo de muito valor, recheado de história, sangue e conquistas e que até hoje clama nos ares celestiais com vestiduras brancas, esperando pelo fim prometido.

Quando se deu início os primeiros séculos da era cristã a perseguição do império romano tratava aqueles do Caminho com extremo rigor, ao ponto de morte. Mas estes que São não poderiam deixar de mostrar quem eram. Era impossível, mesmo em meio aos leões que tanto mataram no passado. Mas como identificar um verdadeiro cristão naqueles dias?

Quando eles queriam mostrar quem eram, um desenhava um arco oval, aberto, no chão. Se o outro fosse cristão, ele "completava o arco" desenhando um outro em cima do que foi feito. Assim um peixe estilizado era desenhado por ambos. O desenho clamava em alta voz aquilo que eles eram. Nada tão singelo, simples e forte.

Alguma diferença entre eles e nós?

Eles sabiam quem eram. Hoje não sabemos quem somos. Eles morriam por que criam. Hoje vivemos para poder crer.

Devo confessar que este peixe que foi desenhado na terra e em becos rudimentares e escondidos à muito tempo atrás é o que me alucina neste mundo de razão. Este peixe me tira a vertigem de ver o que não ver e me faz sonhar com a verdade escrita em grego:

I esus

CH ristus

TH eos

Y ios

S oter