sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz Ano!

Não se preocupe. Acidentes podem também acontecer em 2012. Mas vamos crescer, não é gente? Sejamos como crianças! Um feliz ano novo, de novo, dentro de você.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Não vê direito?


Não tem problema se você não consegue ver direito. O importante é saber que este blog terá algumas mudanças consideráveis para o ano que vem. O conteúdo continuará o mesmo, aliás, foi o conteúdo que acabou me empurrando para a "conversa ao pé da cama" que me fez repensar o blog.

Nos vemos no ano que vem? Não. Antes disso passo por aqui e deixarei meus votos para você e tua família.


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Dance aqui e agora

Faz um tempo que aquilo que chamamos de entreterimento tem procurado mostrar algumas verdades verdadeiras. Chuver no molhado? Para eles não é. É possível ver em comerciais e filmes (não em todos, obviamente), um certo incômodo com situações que, para nós cristãos, deveriam ser combatidas. Eu gosto disso, pois me maravilho em ver "pedras clamando". Faz parte do show da vida, uma vez que foi de certa forma predito pelo Carpinteiro. Quem é que não se lembra do comercial do Johnnie Walker? Somos notáveis?

Não sei quanto a você mas eu encho os pulmões para dizer que amo filmes! Se pudesse, assistia um a cada noite. Ainda mais quando ele ultrapassa os efeitos especiais ao confrontar o quotidiano que vivemos, coisas tão ordinárias demais para nós que não nos chamam mais a atenção. Somos ocupados para ver aquilo que não é ordinário. Se vemos, talvez seja porque temos um certo interesse no assunto. Se não, "bola para a frente". Claro, sem gol de placa.

Ontem a noite, ao passear pelos canais de TV, ví que não poderia resistir ao desejo de ver Shall We Dance (Dança Comigo) pela miléssima vez. Nunca vou me esquecer de minha reação, quando eu o ví pela primeira vez... Se choro quando vejo o Senhor dos Anéis, posso dizer que "nado de costas" quando vejo esse filme. Mas hoje eu dei asas para a curiosidade e decidí ver alguns cartazes deste filme de 2004. Me surpreendí com um slogan do mesmo (existem dois), que dizia Step out of ordinary. Traduzindo, seria "um passo fora do ordinário".

Ordinário é uma palavra, digamos, pesada, não é mesmo? Mas o que diz o nosso bom e velho Aurélio? Vejamos:

Que se faz comumente; habitual, useiro, vulgar; comum. / Freqüente; que ocorre a cada instante; que se vê muitas vezes.

Bingo! É verdade. Poxa, não é uma palavra tão pesada assim. Nada tão comumente em nossas ruas do que se deleitar ao olhar para o ordinário. É habitual "chegar junto", useiro e vulgar. Isto é, comum. Quem é que resistiria aos encantos do que é comum, sempre se apresentando pela janela dos olhos?  Afinal de contas, todo mundo faz. É algo que se vê muitas vezes, diz o Aurélio. 

O filme trata de um advogado pacato, sério e com a vida toda arrumada, literalmente sobrevive na existência do quotidiano. Que dureza! Sobrevive, e lhe falta um gostinho de "quero mais". Voltando do trabalho, ele vê na janela de uma quase falida academia de dança, a oportunidade de dar um salto no escuro. É irresistével, lhe faz pular do trem (literalmente) rumo ao alvo que lhe faz pesar a cabeça. "Por que estou fazendo isso", se questiona corretamente. Ele quer dançar conforme a música. Fica perto do perigo e, mesmo não conseguindo dar motivo ao motivo à primeira instância, decide continuar a dançar. Mas agora, de verdade. É engraçado a torcida que acontece na cena final do filme que surpreende um mundo de mais de 7 bilhões de habitantes.

O ordinário John deixa de ser ordinário. Ele é incrivelmente espetacular. Arranca lágrimas daqueles que vêem a possibilidade de ser mais, jogando sementes na cabeça dos ordinários que vivem ao redor de nós. Ou será em nós? Calma, não precisa responder: palavras não são nada, atitudes sim.

Conforme um dos slogans do filme, é uma comédia romântica de alguém que quer conduzir sua própria vida. Uma comédia onde o ator principal, a verdade, faz delirar de rir o ordinário comum. Tudo bem, deixa ele rir de você, de mim e de todos nós. Seremos sempre espetáculo, mas nunca ordinários. 

É verdade que as vezes o livro do amor é longo e chato. Mas tem musiquinhas bobas dentro dele. O que seriam das danças sem elas? Escrito a muito tempo atrás, é cheio de flores e caixinhas em forma de coração. E sempre haverá coisas que nós seremos toda vez pequenininhos para saber.

But I, 
I love it, when you read to me
And you, 
You can read me anything